O Longo Estado de Exceção Brasileiro

Como fomos mal educados a pensar politicamente (1964-2024)

por Rogério Mattos

O Longo Estado de Exceção Brasileiro

Como fomos mal educados a pensar politicamente (1964-2024)

por Rogério Mattos

O Longo Estado de Exceção Brasileiro

Como fomos mal educados a pensar politicamente (1964-2024)

por Rogério Mattos

A necessidade de recapitular a história

Nos últimos dez anos, vivemos um momento de transe em nossa sociedade. Em poucos anos um governo estabelecido e bem avaliado ruiu, e forças políticas adormecidas voltaram ao cenário com uma brutalidade inesperada.


Talvez agora mais conscientes dos desafios enfrentados nesta década, uma avaliação mais ampla sobre a formação do Brasil atual me fez ver que a regressão experimentada estava ancorada em processos de longa duração. Elas imperceptivelmente despolitizaram nosso cotidiano e abriram brechas para limitar as aspirações de um país soberano.


Só com esta recapitulação histórica podemos ter perspectivas mais concretas sobre nosso tempo presente.

01

1950-1964: a visão do processo

Em 1957, Nelson Pereira dos Santos filmava Rio, Zona Norte – Grande Otelo interpretava Espírito da Luz, o sambista genial que morre atropelado por um trem depois de ter suas composições roubadas, numa tragédia que expõe os impasses entre a cultura popular e a indústria cultural nascente.


O Teatro de Arena montava peças que discutiam o destino nacional. Guerreiro Ramos debatia com Florestan Fernandes sobre o lugar do negro na sociedade de classes. Era a era trabalhista – com todas suas contradições, havia um projeto de transformação social em disputa.

02

O ataque a cultura

O golpe de 1964 iniciou um longo processo de despolitização do real. A ditadura produziu seu "milagre econômico" – crescimento com concentração brutal – e nos ensinou a primeira lição perversa: progresso não precisa de democracia.

Teatro de Arena fechado. Cinema Novo censurado. Dias Gomes e Vianinha criando linguagem cifrada na TV.


A má educação funcionou assim: primeiro destruíram os espaços onde aprendíamos a pensar politicamente, depois nos ensinaram que pensar era desnecessário – bastava crescer.


A linguagem cifrada, nascida da resistência, virou nossa única alfabetização. Aprendemos a falar por metáforas quando já não podíamos falar diretamente. Quando a censura acabou, descobrimos que havíamos desaprendido a linguagem política. Sobrou o código, perdeu-se a mensagem.

03

A ditadura do pensamento único

Foi nesse terreno de analfabetos políticos que o Plano Real se instalou. O "segundo milagre brasileiro" completou nossa má educação: ensinou que economia não tem alternativa, que inflação é pior que fome, que estabilidade monetária vale qualquer sacrifício.


Trinta anos de despolitização da realidade (1964-1994) prepararam o terreno. Trinta anos de despolitização pelo Real consolidaram o consenso. Mas o elo entre os dois momentos foi a cultura – ou melhor, sua destruição como espaço de pensamento político.

04

Tempos de transe

Maria da Conceição Tavares mostrou como a ditadura iniciou a financeirização que destruiu o projeto industrial. José Luis Fiori revelou como o Real consolidou essa destruição com nosso aplauso. Mas o elo entre os dois momentos foi nossa má educação política.


Hoje, quem defende gasto social precisa primeiro provar que "cabe no orçamento" – como se orçamento fosse física, não escolha. Quem propõe desenvolvimento precisa jurar que "não vai gerar inflação" – como se inflação fosse peste, não política.


Fomos tão mal educados que defendemos o remédio que nos envenena. A deslegitimação da política como instância de mudança social em razão de valores morais ou imperativos "técnicos" organizou o transe pelo qual atravessamos. Mas será que já saímos dele?

05

As Disputas Atuais

Pasolini dizia que o neocapitalismo era pior que o fascismo histórico. No fascismo clássico, ainda havia vagalumes – pequenas luzes de resistência na escuridão. As luzes do neocapitalismo, da publicidade, do consumo, ofuscaram até os vagalumes.


No Brasil, vivemos os dois momentos em sequência: primeiro a repressão, depois um estranho consenso. Para lembrar Walter Benjamin: para os oprimidos, o estado de exceção é a regra. Nós transformamos a exceção em normalidade democrática.


E a cultura? Existe, resiste, mas pulverizada. O rap fala uma língua, o cinema de Pernambuco outra, o teatro de grupo outra ainda. São resistências reais, mas fragmentadas – ilhas que não formam arquipélago. O que nos anos 60 era projeto comum, hoje são guerrilhas isoladas. O Real não destruiu a cultura; atomizou ela. E cultura atomizada deseduca e não constrói alternativa política.

A necessidade de recapitular a história

Nos últimos dez anos, vivemos um momento de transe em nossa sociedade. Em poucos anos um governo estabelecido e bem avaliado ruiu, e forças políticas adormecidas voltaram ao cenário com uma brutalidade inesperada.


Talvez agora mais conscientes dos desafios enfrentados nesta década, uma avaliação mais ampla sobre a formação do Brasil atual me fez ver que a regressão experimentada estava ancorada em processos de longa duração. Elas imperceptivelmente despolitizaram nosso cotidiano e abriram brechas para limitar as aspirações de um país soberano.


Só com esta recapitulação histórica podemos ter perspectivas mais concretas sobre nosso tempo presente.

01

1950-1964: a visão do processo

Em 1957, Nelson Pereira dos Santos filmava Rio, Zona Norte – Grande Otelo interpretava Espírito da Luz, o sambista genial que morre atropelado por um trem depois de ter suas composições roubadas, numa tragédia que expõe os impasses entre a cultura popular e a indústria cultural nascente.


O Teatro de Arena montava peças que discutiam o destino nacional. Guerreiro Ramos debatia com Florestan Fernandes sobre o lugar do negro na sociedade de classes. Era a era trabalhista – com todas suas contradições, havia um projeto de transformação social em disputa.

02

O ataque a cultura

O golpe de 1964 iniciou um longo processo de despolitização do real. A ditadura produziu seu "milagre econômico" – crescimento com concentração brutal – e nos ensinou a primeira lição perversa: progresso não precisa de democracia.

Teatro de Arena fechado. Cinema Novo censurado. Dias Gomes e Vianinha criando linguagem cifrada na TV.


A má educação funcionou assim: primeiro destruíram os espaços onde aprendíamos a pensar politicamente, depois nos ensinaram que pensar era desnecessário – bastava crescer.


A linguagem cifrada, nascida da resistência, virou nossa única alfabetização. Aprendemos a falar por metáforas quando já não podíamos falar diretamente. Quando a censura acabou, descobrimos que havíamos desaprendido a linguagem política. Sobrou o código, perdeu-se a mensagem.

03

A ditadura do pensamento único

Foi nesse terreno de analfabetos políticos que o Plano Real se instalou. O "segundo milagre brasileiro" completou nossa má educação: ensinou que economia não tem alternativa, que inflação é pior que fome, que estabilidade monetária vale qualquer sacrifício.


Trinta anos de despolitização da realidade (1964-1994) prepararam o terreno. Trinta anos de despolitização pelo Real consolidaram o consenso. Mas o elo entre os dois momentos foi a cultura – ou melhor, sua destruição como espaço de pensamento político.

04

Tempos de transe

Maria da Conceição Tavares mostrou como a ditadura iniciou a financeirização que destruiu o projeto industrial. José Luis Fiori revelou como o Real consolidou essa destruição com nosso aplauso. Mas o elo entre os dois momentos foi nossa má educação política.


Hoje, quem defende gasto social precisa primeiro provar que "cabe no orçamento" – como se orçamento fosse física, não escolha. Quem propõe desenvolvimento precisa jurar que "não vai gerar inflação" – como se inflação fosse peste, não política.


Fomos tão mal educados que defendemos o remédio que nos envenena. A deslegitimação da política como instância de mudança social em razão de valores morais ou imperativos "técnicos" organizou o transe pelo qual atravessamos. Mas será que já saímos dele?

05

As Disputas Atuais

Pasolini dizia que o neocapitalismo era pior que o fascismo histórico. No fascismo clássico, ainda havia vagalumes – pequenas luzes de resistência na escuridão. As luzes do neocapitalismo, da publicidade, do consumo, ofuscaram até os vagalumes.


No Brasil, vivemos os dois momentos em sequência: primeiro a repressão, depois um estranho consenso. Para lembrar Walter Benjamin: para os oprimidos, o estado de exceção é a regra. Nós transformamos a exceção em normalidade democrática.


E a cultura? Existe, resiste, mas pulverizada. O rap fala uma língua, o cinema de Pernambuco outra, o teatro de grupo outra ainda. São resistências reais, mas fragmentadas – ilhas que não formam arquipélago. O que nos anos 60 era projeto comum, hoje são guerrilhas isoladas. O Real não destruiu a cultura; atomizou ela. E cultura atomizada deseduca e não constrói alternativa política.

A necessidade de recapitular a história

Nos últimos dez anos, vivemos um momento de transe em nossa sociedade. Em poucos anos um governo estabelecido e bem avaliado ruiu, e forças políticas adormecidas voltaram ao cenário com uma brutalidade inesperada.


Talvez agora mais conscientes dos desafios enfrentados nesta década, uma avaliação mais ampla sobre a formação do Brasil atual me fez ver que a regressão experimentada estava ancorada em processos de longa duração. Elas imperceptivelmente despolitizaram nosso cotidiano e abriram brechas para limitar as aspirações de um país soberano.


Só com esta recapitulação histórica podemos ter perspectivas mais concretas sobre nosso tempo presente.

01

1950-1964: a visão do processo

Em 1957, Nelson Pereira dos Santos filmava Rio, Zona Norte – Grande Otelo interpretava Espírito da Luz, o sambista genial que morre atropelado por um trem depois de ter suas composições roubadas, numa tragédia que expõe os impasses entre a cultura popular e a indústria cultural nascente.


O Teatro de Arena montava peças que discutiam o destino nacional. Guerreiro Ramos debatia com Florestan Fernandes sobre o lugar do negro na sociedade de classes. Era a era trabalhista – com todas suas contradições, havia um projeto de transformação social em disputa.

02

O ataque a cultura

O golpe de 1964 iniciou um longo processo de despolitização do real. A ditadura produziu seu "milagre econômico" – crescimento com concentração brutal – e nos ensinou a primeira lição perversa: progresso não precisa de democracia.

Teatro de Arena fechado. Cinema Novo censurado. Dias Gomes e Vianinha criando linguagem cifrada na TV.


A má educação funcionou assim: primeiro destruíram os espaços onde aprendíamos a pensar politicamente, depois nos ensinaram que pensar era desnecessário – bastava crescer.


A linguagem cifrada, nascida da resistência, virou nossa única alfabetização. Aprendemos a falar por metáforas quando já não podíamos falar diretamente. Quando a censura acabou, descobrimos que havíamos desaprendido a linguagem política. Sobrou o código, perdeu-se a mensagem.

03

A ditadura do pensamento único

Foi nesse terreno de analfabetos políticos que o Plano Real se instalou. O "segundo milagre brasileiro" completou nossa má educação: ensinou que economia não tem alternativa, que inflação é pior que fome, que estabilidade monetária vale qualquer sacrifício.


Trinta anos de despolitização da realidade (1964-1994) prepararam o terreno. Trinta anos de despolitização pelo Real consolidaram o consenso. Mas o elo entre os dois momentos foi a cultura – ou melhor, sua destruição como espaço de pensamento político.

04

Tempos de transe

Maria da Conceição Tavares mostrou como a ditadura iniciou a financeirização que destruiu o projeto industrial. José Luis Fiori revelou como o Real consolidou essa destruição com nosso aplauso. Mas o elo entre os dois momentos foi nossa má educação política.


Hoje, quem defende gasto social precisa primeiro provar que "cabe no orçamento" – como se orçamento fosse física, não escolha. Quem propõe desenvolvimento precisa jurar que "não vai gerar inflação" – como se inflação fosse peste, não política.


Fomos tão mal educados que defendemos o remédio que nos envenena. A deslegitimação da política como instância de mudança social em razão de valores morais ou imperativos "técnicos" organizou o transe pelo qual atravessamos. Mas será que já saímos dele?

05

As Disputas Atuais

Pasolini dizia que o neocapitalismo era pior que o fascismo histórico. No fascismo clássico, ainda havia vagalumes – pequenas luzes de resistência na escuridão. As luzes do neocapitalismo, da publicidade, do consumo, ofuscaram até os vagalumes.


No Brasil, vivemos os dois momentos em sequência: primeiro a repressão, depois um estranho consenso. Para lembrar Walter Benjamin: para os oprimidos, o estado de exceção é a regra. Nós transformamos a exceção em normalidade democrática.


E a cultura? Existe, resiste, mas pulverizada. O rap fala uma língua, o cinema de Pernambuco outra, o teatro de grupo outra ainda. São resistências reais, mas fragmentadas – ilhas que não formam arquipélago. O que nos anos 60 era projeto comum, hoje são guerrilhas isoladas. O Real não destruiu a cultura; atomizou ela. E cultura atomizada deseduca e não constrói alternativa política.

um diagnóstico do real

um diagnóstico do real

um diagnóstico do real

anos de vida e pesquisa

anos de vida e pesquisa

anos de vida e pesquisa

Estas questões me ocupam há anos e venho publicando continuamente sobre o tema em diferentes lugares na academia e nas redes sociais. Venho mapeando essa arqueologia do presente brasileiro, conectando os fios entre cultura, economia e política que foram deliberadamente cortados.

Estas questões me ocupam há anos e venho publicando continuamente sobre o tema em diferentes lugares na academia e nas redes sociais. Venho mapeando essa arqueologia do presente brasileiro, conectando os fios entre cultura, economia e política que foram deliberadamente cortados.

o percurso

o percurso

o percurso

Recentemente, organizei esse percurso em duas aulas fundamentais que contam a história não contada do Brasil contemporâneo.

Aula 1: Cultura

Aula 1: Cultura

Aula 1: Cultura

As transformações da cultura política brasileira – do teatro engajado ao grotesco televisivo, do herói revolucionário ao herói negativo, da linguagem direta à linguagem cifrada. Como resistência virou norma e crítica virou alegoria.

As transformações da cultura política brasileira – do teatro engajado ao grotesco televisivo, do herói revolucionário ao herói negativo, da linguagem direta à linguagem cifrada. Como resistência virou norma e crítica virou alegoria.

Aula 2: Economia

Aula 2: Economia

Aula 2: Economia

José Luis Fiori e Conceição Tavares desvendam o mecanismo: como o Real tornou escolhas políticas indiscutíveis, apresentando-as como única saída possível. O que a ditadura impôs pela força, o Real conseguiu pelo consenso.

José Luis Fiori e Conceição Tavares desvendam o mecanismo: como o Real tornou escolhas políticas indiscutíveis, apresentando-as como única saída possível. O que a ditadura impôs pela força, o Real conseguiu pelo consenso.

José Luis Fiori e Conceição Tavares desvendam o mecanismo: como o Real tornou escolhas políticas indiscutíveis, apresentando-as como única saída possível. O que a ditadura impôs pela força, o Real conseguiu pelo consenso.

2 horas densas

repertório crítico e

memória ativa

repertório crítico e

memória ativa

O mesmo percurso que você acabou de ler, mas com os detalhes, as conexões, as provas.

O mesmo percurso que você acabou de ler, mas com os detalhes, as conexões, as provas.

O mesmo percurso que você acabou de ler, mas com os detalhes, as conexões, as provas.

2 aulas sobre o longo estado de exceção brasileiro

O desconto abaixo é simples de explicar: se você teve paciência de ler um texto longo em 2024, provavelmente vai assistir as aulas até o fim. É o público que procuro.

Este preço é temporário. Estou rodando anúncios para encontrar quem se interessa por esse tipo de conteúdo. Quando a campanha acabar – pode ser amanhã, pode ser semana que vem – o preço volta a R$ 97. Não é truque de marketing. É que não faz sentido manter desconto quando não estou ativamente divulgando.


Se você leu até aqui e o tema ressoou, aproveite agora. Depois não consigo garantir esse valor.

Preço atual

50% Off

R$50

R$100

por R$50

Faça um pagamento seguro e facilitado

Aula 1: A cultura política brasileira (54 min)

Aula 2: A ditadura do pensamento único (60 min)

Suporte do professor

Materiais complementares

1 mês de acesso

2 aulas sobre o longo estado de exceção brasileiro

O desconto abaixo é simples de explicar: se você teve paciência de ler um texto longo em 2024, provavelmente vai assistir as aulas até o fim. É o público que procuro.

Este preço é temporário. Estou rodando anúncios para encontrar quem se interessa por esse tipo de conteúdo. Quando a campanha acabar – pode ser amanhã, pode ser semana que vem – o preço volta a R$ 97. Não é truque de marketing. É que não faz sentido manter desconto quando não estou ativamente divulgando.


Se você leu até aqui e o tema ressoou, aproveite agora. Depois não consigo garantir esse valor.

Preço atual

50% Off

R$50

R$100

por R$50

Faça um pagamento seguro e facilitado

Aula 1: A cultura política brasileira (54 min)

Aula 2: A ditadura do pensamento único (60 min)

Suporte do professor

Materiais complementares

1 mês de acesso

2 aulas sobre o longo estado de exceção brasileiro

O desconto abaixo é simples de explicar: se você teve paciência de ler um texto longo em 2024, provavelmente vai assistir as aulas até o fim. É o público que procuro.

Este preço é temporário. Estou rodando anúncios para encontrar quem se interessa por esse tipo de conteúdo. Quando a campanha acabar – pode ser amanhã, pode ser semana que vem – o preço volta a R$ 100. Não é truque de marketing. É que não faz sentido manter desconto quando não estou ativamente divulgando.


Se você leu até aqui e o tema ressoou, aproveite agora. Depois não consigo garantir esse valor.

Preço atual

50% Off

de R$100

R$100

por R$50

Faça um pagamento seguro e facilitado

Aula 1: A cultura política brasileira (54 min)

Aula 2: A ditadura do pensamento único (60 min)

Suporte do professor

Materiais complementares

Acesso por 1 mês

Team Image

Rogério Mattos

Prof.º Dr.º

Team Image

Rogério Mattos

Prof.º Dr.º

Team Image

Rogério Mattos

Prof.º Dr.º

// QUEM CRIOU as aulas //

// QUEM CRIOU as aulas //



Rogério Mattos é doutor em Estudos Literários pela UFF e professor com quinze anos de experiência atravessando o ensino básico e superior, a educação pública e privada. Sua formação híbrida – História (UERJ), Literatura Portuguesa (mestrado/UERJ), História da África e do negro no Brasil (especialização/UCAM) – reflete uma recusa deliberada às fronteiras disciplinares que empobreceram o pensamento brasileiro.

Desde 2016, desenvolve através d'O Abertinho uma prática ensaística que desafia a separação entre rigor acadêmico e engajamento político. Seus textos circularam por publicações como Teoria e Debate, Brasil de Fato, GGN e diversos periódicos acadêmicos – sempre na fronteira entre a análise cultural e a intervenção crítica.

Sua abordagem articula teoria literária, análise histórica e crítica da cultura para desvendar os mecanismos de despolitização que estruturam o Brasil contemporâneo. Não por acaso: entende que a destruição da imaginação política brasileira passa necessariamente pela fragmentação dos saberes e pela tecnicização do debate público.

Neste curso, mobiliza décadas de pesquisa sobre as transformações da cultura política brasileira – de Dias Gomes a Conceição Tavares, do grotesco televisivo ao consenso neoliberal – para revelar como fomos ensinados a não pensar alternativas.



Rogério Mattos é doutor em Estudos Literários pela UFF e professor com quinze anos de experiência atravessando o ensino básico e superior, a educação pública e privada. Sua formação híbrida – História (UERJ), Literatura Portuguesa (mestrado/UERJ), História da África e do negro no Brasil (especialização/UCAM) – reflete uma recusa deliberada às fronteiras disciplinares que empobreceram o pensamento brasileiro.


Desde 2016, desenvolve através d'O Abertinho uma prática ensaística que desafia a separação entre rigor acadêmico e engajamento político. Seus textos circularam por publicações como Teoria e Debate, Brasil de Fato, GGN e diversos periódicos acadêmicos – sempre na fronteira entre a análise cultural e a intervenção crítica.


Sua abordagem articula teoria literária, análise histórica e crítica da cultura para desvendar os mecanismos de despolitização que estruturam o Brasil contemporâneo. Não por acaso: entende que a destruição da imaginação política brasileira passa necessariamente pela fragmentação dos saberes e pela tecnicização do debate público.


Neste curso, mobiliza décadas de pesquisa sobre as transformações da cultura política brasileira – de Dias Gomes a Conceição Tavares, do grotesco televisivo ao consenso neoliberal – para revelar como fomos ensinados a não pensar alternativas.



Rogério Mattos é doutor em Estudos Literários pela UFF e professor com quinze anos de experiência atravessando o ensino básico e superior, a educação pública e privada. Sua formação híbrida – História (UERJ), Literatura Portuguesa (mestrado/UERJ), História da África e do negro no Brasil (especialização/UCAM) – reflete uma recusa deliberada às fronteiras disciplinares que empobreceram o pensamento brasileiro.


Desde 2016, desenvolve através d'O Abertinho uma prática ensaística que desafia a separação entre rigor acadêmico e engajamento político. Seus textos circularam por publicações como Teoria e Debate, Brasil de Fato, GGN e diversos periódicos acadêmicos – sempre na fronteira entre a análise cultural e a intervenção crítica.


Sua abordagem articula teoria literária, análise histórica e crítica da cultura para desvendar os mecanismos de despolitização que estruturam o Brasil contemporâneo. Não por acaso: entende que a destruição da imaginação política brasileira passa necessariamente pela fragmentação dos saberes e pela tecnicização do debate público.


Neste curso, mobiliza décadas de pesquisa sobre as transformações da cultura política brasileira – de Dias Gomes a Conceição Tavares, do grotesco televisivo ao consenso neoliberal – para revelar como fomos ensinados a não pensar alternativas.

Não perca tempo!

Inicie seus estudos sobre cultura política através de uma abordagem única

Não perca tempo!

Inicie seus estudos sobre cultura política através de uma abordagem única

Não perca tempo!

Inicie seus estudos sobre cultura política através de uma abordagem única