


A herança escravista que nos ensinou a aceitar o inaceitável
Em Petrópolis, a chamada 'cidade imperial', a história oficial transforma a desigualdade em tradição. Todo ano, excursões escolares visitam o Museu Imperial, onde as crianças calçam chinelos de feltro, veem a coroa e saem impressionadas com a beleza de uma suposta época de harmonia.
O que não entra no roteiro oficial: o Palácio de Cristal foi construído sobre um quilombo cuja história foi apagada, e ali a princesa fez demagogia através de cartas de alforria. A Casa da Morte, centro de tortura da ditadura, quase virou museu - mas não interessa que ali se tornasse um lugar de memória.
Petrópolis virou oficialmente "cidade imperial" em 1985, justamente na redemocratização.
Esses silenciamentos produzem uma narrativa: o Brasil cordial, onde a monarquia era época de harmonia. Mas quem construiu essa nostalgia e por quê?
01
Uma classe que precisou se validar culturalmente

No século XIX, comerciantes cariocas transformaram o Rio de Janeiro no maior porto escravocrata do mundo. Mais de 40% dos africanos escravizados desembarcados no Rio seguiam para Minas Gerais. Outros para Santos, Rio Grande do Sul, América do Sul. O lucro era tão imenso que esses comerciantes emprestavam dinheiro à própria Coroa - tinham mais capital que o Estado brasileiro.
Essa classe não-absenteísta, formada durante a crise do Antigo Regime, precisou de validação intelectual desde a Independência. Diferente da aristocracia colonial portuguesa que voltava para a metrópole, esses comerciantes ficaram. E ficando, precisaram se legitimar culturalmente.
02
A opção pelo rentismo

Quando o tráfico negreiro declinou, tinham capital suficiente para industrializar o Brasil. Poderiam ter formado companhias de comércio nos moldes ingleses, investido em manufaturas, desenvolvido tecnologia.
Não fizeram. Viraram donos de terras e imóveis urbanos. Criaram especulação onde uma boutique valia mais que uma fazenda inteira. Viraram rentistas - seguindo o ideal ibérico de viver de renda com "unhas longas", ter mão de obra barata, não trabalhar manualmente.
Não foi só interesse material. Foi substrato cultural operando: ojeriza ao trabalho manual, prestígio da propriedade, aspiração aristocrática. Como justificar viver de renda quando se poderia produzir?
03
Projetos sucessivos de legitimação

A resposta: produzir cultura ativamente. Primeiro o sistema literário do século XIX - letras coimbrãs, romantismo nacionalista, Academia Brasileira de Letras. Depois os museus nacionais - o Museu Histórico em 1922, o Imperial consolidado ao longo do século.
Projetos da mesma classe: transformar rentismo em "tradição brasileira", desigualdade em "identidade cordial". Os museus não surgiram por acaso. São produtos de quem produziu cultura para legitimar a escolha por não industrializar.
A nostalgia imperial é a forma cultural do rentismo brasileiro. Por isso a estrutura dura 102 anos. Por isso Petrópolis vira imperial justamente na redemocratização.
04
O padrão que se repete
A estrutura se reproduz do século XIX ao XXI. Ditadura militar: indústria bélica e financeirização. Temer e Bolsonaro: agronegócio exportador, desmantelamento de estatais.
A classe média capturada pela mesma promessa: viver bem sem industrializar, sem distribuir renda, tentando invisibilizar a superexploração do trabalho.
A noção historiográfica de nostalgia imperial expõe como a matriz de civilização escravista se renovou mesmo depois da Abolição. Este curso mostra como ela continua se renovando através do patrimônio histórico - transformando rentismo em tradição, desigualdade em identidade nacional.
05
A permanência da cordialidade
A cordialidade não desapareceu - se transformou. Hoje é financeira, especulativa, mas mantém o núcleo: viver de renda tendo outros trabalhando barato.
Os museus educam gerações inteiras nisso. Petrópolis é o museu a céu aberto do rentismo brasileiro - onde crianças aprendem que desigualdade é tradição.
Há estrutura econômica sustentando narrativa cultural. E narrativa cultural legitimando estrutura econômica. Elas se co-produzem desde 1808, desde a Abertura dos Portos.
A herança escravista que nos ensinou a aceitar o inaceitável
Em Petrópolis, a chamada 'cidade imperial', a história oficial transforma a desigualdade em tradição. Todo ano, excursões escolares visitam o Museu Imperial, onde as crianças calçam chinelos de feltro, veem a coroa e saem impressionadas com a beleza de uma suposta época de harmonia.
O que não entra no roteiro oficial: o Palácio de Cristal foi construído sobre um quilombo cuja história foi apagada, e ali a princesa fez demagogia através de cartas de alforria. A Casa da Morte, centro de tortura da ditadura, quase virou museu - mas não interessa que ali se tornasse um lugar de memória.
Petrópolis virou oficialmente "cidade imperial" em 1985, justamente na redemocratização.
Esses silenciamentos produzem uma narrativa: o Brasil cordial, onde a monarquia era época de harmonia. Mas quem construiu essa nostalgia e por quê?
01
Uma classe que precisou se validar culturalmente

No século XIX, comerciantes cariocas transformaram o Rio de Janeiro no maior porto escravocrata do mundo. Mais de 40% dos africanos escravizados desembarcados no Rio seguiam para Minas Gerais. Outros para Santos, Rio Grande do Sul, América do Sul. O lucro era tão imenso que esses comerciantes emprestavam dinheiro à própria Coroa - tinham mais capital que o Estado brasileiro.
Essa classe não-absenteísta, formada durante a crise do Antigo Regime, precisou de validação intelectual desde a Independência. Diferente da aristocracia colonial portuguesa que voltava para a metrópole, esses comerciantes ficaram. E ficando, precisaram se legitimar culturalmente.
02
A opção pelo rentismo

Quando o tráfico negreiro declinou, tinham capital suficiente para industrializar o Brasil. Poderiam ter formado companhias de comércio nos moldes ingleses, investido em manufaturas, desenvolvido tecnologia.
Não fizeram. Viraram donos de terras e imóveis urbanos. Criaram especulação onde uma boutique valia mais que uma fazenda inteira. Viraram rentistas - seguindo o ideal ibérico de viver de renda com "unhas longas", ter mão de obra barata, não trabalhar manualmente.
Não foi só interesse material. Foi substrato cultural operando: ojeriza ao trabalho manual, prestígio da propriedade, aspiração aristocrática. Como justificar viver de renda quando se poderia produzir?
03
Projetos sucessivos de legitimação

A resposta: produzir cultura ativamente. Primeiro o sistema literário do século XIX - letras coimbrãs, romantismo nacionalista, Academia Brasileira de Letras. Depois os museus nacionais - o Museu Histórico em 1922, o Imperial consolidado ao longo do século.
Projetos da mesma classe: transformar rentismo em "tradição brasileira", desigualdade em "identidade cordial". Os museus não surgiram por acaso. São produtos de quem produziu cultura para legitimar a escolha por não industrializar.
A nostalgia imperial é a forma cultural do rentismo brasileiro. Por isso a estrutura dura 102 anos. Por isso Petrópolis vira imperial justamente na redemocratização.
04
O padrão que se repete
A estrutura se reproduz do século XIX ao XXI. Ditadura militar: indústria bélica e financeirização. Temer e Bolsonaro: agronegócio exportador, desmantelamento de estatais.
A classe média capturada pela mesma promessa: viver bem sem industrializar, sem distribuir renda, tentando invisibilizar a superexploração do trabalho.
A noção historiográfica de nostalgia imperial expõe como a matriz de civilização escravista se renovou mesmo depois da Abolição. Este curso mostra como ela continua se renovando através do patrimônio histórico - transformando rentismo em tradição, desigualdade em identidade nacional.
05
A permanência da cordialidade
A cordialidade não desapareceu - se transformou. Hoje é financeira, especulativa, mas mantém o núcleo: viver de renda tendo outros trabalhando barato.
Os museus educam gerações inteiras nisso. Petrópolis é o museu a céu aberto do rentismo brasileiro - onde crianças aprendem que desigualdade é tradição.
Há estrutura econômica sustentando narrativa cultural. E narrativa cultural legitimando estrutura econômica. Elas se co-produzem desde 1808, desde a Abertura dos Portos.
A herança escravista que nos ensinou a aceitar o inaceitável
Em Petrópolis, a chamada 'cidade imperial', a história oficial transforma a desigualdade em tradição. Todo ano, excursões escolares visitam o Museu Imperial, onde as crianças calçam chinelos de feltro, veem a coroa e saem impressionadas com a beleza de uma suposta época de harmonia.
O que não entra no roteiro oficial: o Palácio de Cristal foi construído sobre um quilombo cuja história foi apagada, e ali a princesa fez demagogia através de cartas de alforria. A Casa da Morte, centro de tortura da ditadura, quase virou museu - mas não interessa que ali se tornasse um lugar de memória.
Petrópolis virou oficialmente "cidade imperial" em 1985, justamente na redemocratização.
Esses silenciamentos produzem uma narrativa: o Brasil cordial, onde a monarquia era época de harmonia. Mas quem construiu essa nostalgia e por quê?
01
Uma classe que precisou se validar culturalmente

No século XIX, comerciantes cariocas transformaram o Rio de Janeiro no maior porto escravocrata do mundo. Mais de 40% dos africanos escravizados desembarcados no Rio seguiam para Minas Gerais. Outros para Santos, Rio Grande do Sul, América do Sul. O lucro era tão imenso que esses comerciantes emprestavam dinheiro à própria Coroa - tinham mais capital que o Estado brasileiro.
Essa classe não-absenteísta, formada durante a crise do Antigo Regime, precisou de validação intelectual desde a Independência. Diferente da aristocracia colonial portuguesa que voltava para a metrópole, esses comerciantes ficaram. E ficando, precisaram se legitimar culturalmente.
02
A opção pelo rentismo

Quando o tráfico negreiro declinou, tinham capital suficiente para industrializar o Brasil. Poderiam ter formado companhias de comércio nos moldes ingleses, investido em manufaturas, desenvolvido tecnologia.
Não fizeram. Viraram donos de terras e imóveis urbanos. Criaram especulação onde uma boutique valia mais que uma fazenda inteira. Viraram rentistas - seguindo o ideal ibérico de viver de renda com "unhas longas", ter mão de obra barata, não trabalhar manualmente.
Não foi só interesse material. Foi substrato cultural operando: ojeriza ao trabalho manual, prestígio da propriedade, aspiração aristocrática. Como justificar viver de renda quando se poderia produzir?
03
Projetos sucessivos de legitimação

A resposta: produzir cultura ativamente. Primeiro o sistema literário do século XIX - letras coimbrãs, romantismo nacionalista, Academia Brasileira de Letras. Depois os museus nacionais - o Museu Histórico em 1922, o Imperial consolidado ao longo do século.
Projetos da mesma classe: transformar rentismo em "tradição brasileira", desigualdade em "identidade cordial". Os museus não surgiram por acaso. São produtos de quem produziu cultura para legitimar a escolha por não industrializar.
A nostalgia imperial é a forma cultural do rentismo brasileiro. Por isso a estrutura dura 102 anos. Por isso Petrópolis vira imperial justamente na redemocratização.
04
O padrão que se repete
A estrutura se reproduz do século XIX ao XXI. Ditadura militar: indústria bélica e financeirização. Temer e Bolsonaro: agronegócio exportador, desmantelamento de estatais.
A classe média capturada pela mesma promessa: viver bem sem industrializar, sem distribuir renda, tentando invisibilizar a superexploração do trabalho.
A noção historiográfica de nostalgia imperial expõe como a matriz de civilização escravista se renovou mesmo depois da Abolição. Este curso mostra como ela continua se renovando através do patrimônio histórico - transformando rentismo em tradição, desigualdade em identidade nacional.
05
A permanência da cordialidade
A cordialidade não desapareceu - se transformou. Hoje é financeira, especulativa, mas mantém o núcleo: viver de renda tendo outros trabalhando barato.
Os museus educam gerações inteiras nisso. Petrópolis é o museu a céu aberto do rentismo brasileiro - onde crianças aprendem que desigualdade é tradição.
Há estrutura econômica sustentando narrativa cultural. E narrativa cultural legitimando estrutura econômica. Elas se co-produzem desde 1808, desde a Abertura dos Portos.
Não perca tempo!
Inicie seus estudos sobre cultura política através de uma abordagem única
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desfazer a nostalgia
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o percurso
o percurso
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Organizei esse diagnóstico em duas aulas que mostram como cultura e economia se co-produzem:
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Aula 1: Museus
Aula 1: Museus
Aula 1: Museus
Como se constrói a narrativa da cordialidade.
O Museu Histórico Nacional e o Museu Imperial produzem ativamente a imagem do Brasil cordial. Os silenciamentos de memórias indígenas, africanas e da ditadura. Por que é tão difícil mudar estruturas centenárias. Petrópolis como síntese.
Como se constrói a narrativa da cordialidade.
O Museu Histórico Nacional e o Museu Imperial produzem ativamente a imagem do Brasil cordial. Os silenciamentos de memórias indígenas, africanas e da ditadura. Por que é tão difícil mudar estruturas centenárias. Petrópolis como síntese.
Como se constrói a narrativa da cordialidade.
O Museu Histórico Nacional e o Museu Imperial produzem ativamente a imagem do Brasil cordial. Os silenciamentos de memórias indígenas, africanas e da ditadura. Por que é tão difícil mudar estruturas centenárias. Petrópolis como síntese.
Aula 2: Economia
Aula 2: Economia
Aula 2: Economia
Quem precisa dessa narrativa e por quê
A burguesia rentista formada pelos comerciantes de grossa aventura. Por que, tendo capital para industrializar, optaram por viver de renda. Como produziram ativamente a nostalgia imperial para legitimar essa escolha. A repetição do padrão até hoje.
Quem precisa dessa narrativa e por quê
A burguesia rentista formada pelos comerciantes de grossa aventura. Por que, tendo capital para industrializar, optaram por viver de renda. Como produziram ativamente a nostalgia imperial para legitimar essa escolha. A repetição do padrão até hoje.
Quem precisa dessa narrativa e por quê
A burguesia rentista formada pelos comerciantes de grossa aventura. Por que, tendo capital para industrializar, optaram por viver de renda. Como produziram ativamente a nostalgia imperial para legitimar essa escolha. A repetição do padrão até hoje.
Para quem é este curso
Para quem desconfia que a história oficial silencia algo fundamental. Para quem ouve "Brasil cordial" e pergunta: cordial para quem?
Professores, pesquisadores, estudantes, ativistas culturais. Qualquer pessoa que precise entender como desigualdade virou "tradição brasileira".
Para quem desconfia que a história oficial silencia algo fundamental. Para quem ouve "Brasil cordial" e pergunta: cordial para quem?
Professores, pesquisadores, estudantes, ativistas culturais. Qualquer pessoa que precise entender como desigualdade virou "tradição brasileira".
Para quem desconfia que a história oficial silencia algo fundamental. Para quem ouve "Brasil cordial" e pergunta: cordial para quem?
Professores, pesquisadores, estudantes, ativistas culturais. Qualquer pessoa que precise entender como desigualdade virou "tradição brasileira".
O que você leva
crítica e memória
memória e crítica
Método para ler museus criticamente. Instrumentos para conectar patrimônio histórico com estrutura econômica. Capacidade de identificar projetos de legitimação de classe disfarçados de "identidade nacional".
Ferramentas que funcionam em sala de aula, pesquisa acadêmica, militância política e leitura social.
Método para ler museus criticamente. Instrumentos para conectar patrimônio histórico com estrutura econômica. Capacidade de identificar projetos de legitimação de classe disfarçados de "identidade nacional".
Ferramentas que funcionam em sala de aula, pesquisa acadêmica, militância política e leitura social.
Método para ler museus criticamente. Instrumentos para conectar patrimônio histórico com estrutura econômica. Capacidade de identificar projetos de legitimação de classe disfarçados de "identidade nacional".
Ferramentas que funcionam em sala de aula, pesquisa acadêmica, militância política e leitura social.

Rogério Mattos
Prof.º Dr.º

Rogério Mattos
Prof.º Dr.º

Rogério Mattos
Prof.º Dr.º
// QUEM CRIOU as aulas //
// QUEM CRIOU as aulas //
Rogério Mattos é doutor em Estudos Literários pela UFF e professor com quinze anos de experiência atravessando o ensino básico e superior, a educação pública e privada. Sua formação híbrida – História (UERJ), Literatura Portuguesa (mestrado/UERJ), História da África e do negro no Brasil (especialização/UCAM) – reflete uma recusa deliberada às fronteiras disciplinares que empobreceram o pensamento brasileiro.
Desde 2016, desenvolve através d'O Abertinho uma prática ensaística que desafia a separação entre rigor acadêmico e engajamento político. Seus textos circularam por publicações como Teoria e Debate, Brasil de Fato, GGN e diversos periódicos acadêmicos – sempre na fronteira entre a análise cultural e a intervenção crítica.
Sua abordagem articula patrimônio histórico, historiografia econômica e crítica da cultura para desvendar os mecanismos de legitimação da desigualdade no Brasil. Neste curso, mobiliza anos de pesquisa sobre museus nacionais e formação da burguesia rentista brasileira para revelar como fomos educados a naturalizar o que deveria ser inaceitável.
Rogério Mattos é doutor em Estudos Literários pela UFF e professor com quinze anos de experiência atravessando o ensino básico e superior, a educação pública e privada. Sua formação híbrida – História (UERJ), Literatura Portuguesa (mestrado/UERJ), História da África e do negro no Brasil (especialização/UCAM) – reflete uma recusa deliberada às fronteiras disciplinares que empobreceram o pensamento brasileiro.
Desde 2016, desenvolve através d'O Abertinho uma prática ensaística que desafia a separação entre rigor acadêmico e engajamento político. Seus textos circularam por publicações como Teoria e Debate, Brasil de Fato, GGN e diversos periódicos acadêmicos – sempre na fronteira entre a análise cultural e a intervenção crítica.
Sua abordagem articula teoria literária, análise histórica e crítica da cultura para desvendar os mecanismos de despolitização que estruturam o Brasil contemporâneo. Não por acaso: entende que a destruição da imaginação política brasileira passa necessariamente pela fragmentação dos saberes e pela tecnicização do debate público.
Neste curso, mobiliza décadas de pesquisa sobre as transformações da cultura política brasileira – de Dias Gomes a Conceição Tavares, do grotesco televisivo ao consenso neoliberal – para revelar como fomos ensinados a não pensar alternativas.
Rogério Mattos é doutor em Estudos Literários pela UFF e professor com quinze anos de experiência atravessando o ensino básico e superior, a educação pública e privada. Sua formação híbrida – História (UERJ), Literatura Portuguesa (mestrado/UERJ), História da África e do negro no Brasil (especialização/UCAM) – reflete uma recusa deliberada às fronteiras disciplinares que empobreceram o pensamento brasileiro.
Desde 2016, desenvolve através d'O Abertinho uma prática ensaística que desafia a separação entre rigor acadêmico e engajamento político. Seus textos circularam por publicações como Teoria e Debate, Brasil de Fato, GGN e diversos periódicos acadêmicos – sempre na fronteira entre a análise cultural e a intervenção crítica.
Sua abordagem articula teoria literária, análise histórica e crítica da cultura para desvendar os mecanismos de despolitização que estruturam o Brasil contemporâneo. Não por acaso: entende que a destruição da imaginação política brasileira passa necessariamente pela fragmentação dos saberes e pela tecnicização do debate público.
Neste curso, mobiliza décadas de pesquisa sobre as transformações da cultura política brasileira – de Dias Gomes a Conceição Tavares, do grotesco televisivo ao consenso neoliberal – para revelar como fomos ensinados a não pensar alternativas.
Uma arqueologia do presente brasileiro
patrimônio, economia e ideologia
O desconto abaixo é simples de explicar: se você leu até aqui, provavelmente vai assistir as aulas até o fim. É o público que procuro.
Este preço é temporário. Quando a campanha acabar, volta a R$ 100.
Total: 3 horas de conteúdo denso e revelador
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Faça um pagamento seguro e facilitado
Comunidade dedicada
Suporte do professor
Materiais complementares
1 mês de acesso
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